Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Comunicação

Com muita alegria, informamos que estão abertas as inscrições para o novo evento do ciclo de seminários “Ações de Erodir”. A conversa “Kijetxawê Zabelê e Expedição Catástrofe: livros e leituras oraculares a partir da escola” vai reunir Laura Castro e Cacá Fonseca, com mediação de Victoria de Lima e Fabienne Maia. Nosso décimo terceiro encontro acontecerá na próxima sexta-feira, dia 30 de julho, às 17h. As inscrições podem ser realizadas pelo nosso site. Acesse aqui.

Cacá Fonseca é artista gráfica-editora-professora na Faculdade de Artes Visuais da UFG. É mestre e doutora em Processos Urbanos Contemporâneos pela UFBA. Dedica-se a projetos de pesquisa, curadoria e residência a partir da “Fazenda Fortaleza (Cumari – Goiás)”, onde realizou “Topografia aérea: uma fábula sobre poleiros e artistas”; “Sismografias corporais” e “Expedição catástrofe: por uma arqueologia da ignorância”. Como editora, é co-fundadora do Coletivo Sociedade da Prensa (Salvador – BA), a partir de onde publicou “Atxuhú-Kaí” e “Kijetxawê Zabelê” em coautoria com a comunidade Pataxó do Colégio Estadual Indígena Kijetxawê Zabelê (Cumuruxatiba- Bahia). Autora de “Entrópicos” (2019) e “Ofidiarium”(2020).

Laura Castro é artista da palavra e professora adjunta no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e atua no Bacharelado Interdisciplinar em Artes. Tem doutorado em Artes Cênicas (UFBA), mestrado em Literatura (UnB) e graduação em Letras (UnB). Seus interesses de pesquisa atravessam a escrita em seu campo ampliado, o livro em suas múltiplas materialidades e a memória gráfica da Bahia. Como extensionista, atua na coordenação editorial e na condução de oficinas de escrita literária para a produção de livros de estudantes indígenas da UFBA junto a suas comunidades, com o projeto LIVRO-LUGAR. Atua no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais – PPGAV e PROFARTES – Mestrado Profissional em Artes, ambos na UFBA.

O ciclo de seminários “Ações de Erodir” vinga, como uma planta miúda, desde agosto de 2020 e segue, sem periodicidade fixa, ao longo de 2021. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site leea-grupopesquisa.online/inscrições. O projeto é uma parceria entre os laboratórios de pesquisa LEEA e Imago, o curso de Cinema e Audiovisual e o PPGCom da Universidade Federal do Ceará. O link para a sala será enviado por email para os inscritos.

O que são “Ações de Erodir”?

Conta-se que as ações do tempo, dos ventos, das chuvas e das águas do mar são produtoras de erosões que transformam as paisagens. A erosão é uma parte da Natureza que pulsa e produz impermanências. “Ações de Erodir” é um projeto que acolhe essa ação de desgastar tudo que a ação humana fossilizou, impedindo que as transformações ocorram. Somos os que desejam dunas nômades, sempre em movimento; que as pedras sejam lapidadas pelas ondas do mar; que as chuvas arrebentem os asfaltos que cobrem os rios. É com essa imagem da erosão que nos abraçamos, criando rodas de conversas com artistas, ambientalistas, indígenas, com os movimentos de negritude, dos trabalhadores rurais, de mulheres e das múltiplas sexualidades.

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