Cartilha feita por aluno de doutorado do PPGCom é eleita uma das 10 melhores práticas antirracistas do Brasil
Data da publicação: 29 de setembro de 2025 Categoria: Notícias, Prêmios🌟 ORGULHO PPGCOM! 🌟
O aluno de doutorado do PPGCOM, Bruno de Castro, teve projeto eleito pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) como uma das dez melhores práticas antirracistas do Brasil desenvolvidas em uma Defensoria Pública.
O jornalista atua como assessor de comunicação na Defensoria do Ceará, onde também é membro do Comitê da Igualdade Racial e elaborou a cartilha “E eu, sou o quê? Um pequeno guia sobre (a sua) raça”. O material foi destaque do encerramento do II Encontro da Frente Afro-Indígena das Defensoras e dos Defensores Públicos, ocorrido em Belo Horizonte (MG) no último sábado (27/9).
Lançada em abril deste ano, a cartilha é utilizada no Ciclo Formativo Antirracista da DPCE. As capacitações envolvem defensores(as), colaboradores(as) e estagiários(as) da instituição e já alcançaram mais de 500 pessoas. Bruno é um dos facilitadores das formações e leva a experiência das produções sobre questões raciais como membro do PPGCOM para os debates.
“Todo tipo de preconceito inicia na forma como nós enxergamos o outro. Isso significa que a comunicação exerce um papel central no combate a esses preconceitos porque é através dela que a gente expressa esse olhar sobre o outro. Então, se uma pessoa tem acesso a informações sobre questões raciais, a possibilidade de ela praticar o racismo diminui. Antirracismo é, sobretudo, educação”, afirma.
A cartilha é o primeiro material educativo voltado para questões raciais na história da Defensoria do Ceará. Ela foi produzida em linguagem simples, na qual Bruno é especializado. Assim, a compreensão do leitor fica facilitada e a aplicação do que foi aprendido torna-se mais possível.
Com referências a fatos históricos, estatísticas sobre as cinco raças/cores reconhecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e informações a respeito das características de cada uma delas, o material orienta como membros da DPCE e colaboradores devem se portar diante de situações como: “o correto é chamar de negro ou de preto?”, “se minha mãe é negra, eu também sou?”, “dizer que alguém é moreno é certo?” e “negro e preto é a mesma coisa?”.
Para acessar a cartilha, clique aqui (https://www.defensoria.ce.def.br/wp-content/uploads/2025/04/Cartilha-RACIAL-2025.pdf). O projeto gráfico é da designer Valdir Marte.
Bruno de Castro é orientado pelo professor doutor Edgard Patrício, integra o Grupo de Estudos PráxisJor (UFC) e dedica-se no doutorado do PPGCOM à escrita de tese sobre a relação entre a identidade racial de jornalistas brancos e as notícias por eles produzidas. Graduado em Jornalismo, ele tem especialização em Escrita Literária, é mestre em Antropologia e fundador do Ceará Criolo, primeiro portal de jornalismo negro profissional do Ceará.