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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Comunicação

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Centenário de Antônio Bandeira no Museu de Arte de UFC

Data da publicação: 23 de maio de 2022 Categoria: Notícias
De 23 a 27 de maio, o Museu de Arte de UFC – Mauc irá homenagear o artista cearense Antonio Bandeira em alusão ao seu centenário. Através de postagens no site e nas redes sociais do Mauc (@museudeartedaufc), da Biblioteca (@bibliotecamauc) e do Educativo Mauc (@educativomauc), o público poderá saber de detalhes pouco conhecidos da trajetória de Bandeira como sua veia poética e a influência dela em suas pinturas.
Antonio Bandeira nasceu em Fortaleza – CE, no dia 26 de maio de 1922. Inicia seu trabalho na pintura como autodidata, criando seus primeiros desenhos ainda menino no Colégio Cearense. Poucos anos depois, foi um dos integrantes do CCBA – Centro Cultural de Belas Artes, em 1941, no contexto de renovação artística no estado do Ceará, de onde posteriormente foi criado a SCAP – Sociedade Cearense de Artes Plásticas.

Após transferir-se para o Rio de Janeiro em 1945, participa de exposição coletiva com Aldemir Martins e Inimá de Paula, realiza sua primeira individual e conquista uma bolsa de estudos para estudar em Paris, na Escola Superior de Belas Artes e na Academia de La Grande Chaumière.

Naquele país, teve contato com grandes mestres do desenho (Narbonne) e da gravura (Galanis) e realizou exposições na Citè Universitaire, Quartier Latin e Galerie des Deux Iles. Sua atuação artística ecoa consideravelmente no cenário internacional, principalmente em Paris, onde grande parte da sua trajetória e amadurecimento artístico está relacionada.

Em 1954, Bandeira expôs na XXVII Bienal de Veneza. Neste mesmo ano, em seu regresso ao Brasil, conquista o Prêmio de Viagem ao País (Salão de Arte Moderna) e o cobiçado “Internazionalli Fiat de Torino” (II Bienal de São Paulo). A sua atuação artística e cultural no Brasil torna-se ampla, realizando mostras e exposições em quase todo o território nacional, a exemplo da primeira exposição individual que inaugura o Museu de Arte Moderna da Bahia, em 1960.

A instalação do Museu de Arte da Universidade do Ceará- Mauc, possui importante relação com Antonio Bandeira, pois, quando da ideia inicial de fundação deste museu, o reitor Martins Filho convidou Bandeira para atuar na formação do acervo em conjunto com um grupo de artistas. Seu trabalho marca consideravelmente a história do Mauc, protagonizando a primeira exposição individual ocorrida após a inauguração da instituição em 25 de junho de 1961, além de integrar o acervo deste museu com um total de 40 obras –  considerado o mais respeitado conjunto de acervo público do artista no País. Todo este acervo encontra-se atualmente em cartaz na exposição “Sempre Fomos Modernos”, mostra comemorativa dos centenários da Semana de Arte Moderna e dos nascimentos de Antonio Bandeira e Aldemir Martins, outro expressivo artista cearense, ambos com reconhecimento internacional.

Antonio Bandeira conta com uma sala permanente no circuito expositivo do Mauc, composta de pinturas, desenhos, guaches e gravuras abstracionistas. Dentre as quais destaca-se o painel “Cidade em Festa”, feito sob encomenda do reitor Martins Filho, para a Faculdade de Direito, no entanto, a obra permanece no Mauc até os dias atuais. Porém não podemos destacar outras representativas do acervo de Bandeira no Mauc como “Amazonas Guerreando”, “Cidade queimada de sol – uma homenagem à Fortaleza”, “Flora Azul” entre outras.

Antonio Bandeira faleceu em 6 de outubro de 1967, aos 45 anos de idade. Atualmente, a memória e a obra do artista são preservadas pelo Instituto Antonio Bandeira, criado pela família e pesquisadores de arte.

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