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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Comunicação

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Defesas de Dissertação – PPGCOM – FEVEREIRO

Data de publicação: 4 de fevereiro de 2020. Categoria: Defesas, Notícias

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFC (PPGCOM/UFC) torna público as defesas de dissertação para obtenção do grau de Mestre em Comunicação agendadas para o mês de fevereiro da Turma 2018 do Mestrado Acadêmico em Comunicação.

Discente: BRENO ALMEIDA BRITO REIS

Orientador: SYLVIA BEATRIZ BEZERRA FURTADO

Local: Sala de Videoconferência do ICA – Campus do Pici

Data: 06/02/2020 – 14h

Título: “Cenas sob a interdição: O cinema pós-condenação de Jafar Panahi”

Resumo: Esta pesquisa analisa os processos de realização do cineasta iraniano Jafar Panahi após a sentença judicial que, em 2010, o vetou, por um período de vinte anos, de realizar filmes, escrever roteiros, conceder entrevistas e sair do Irã. Panahi, não obstante, continua a filmar de forma discreta, independente e clandestina, tendo realizado dessa maneira Isto não é um filme (2011), Cortinas Fechadas (2013), Táxi Teerã (2015), Onde está você, Jafar Panahi? (2016) e 3 Faces (2018). Abordo o que nesses filmes se delineia como um pensamento fílmico da interdição. Ao identificar as marcas estéticas e as estratégias de realização que Panahi passou a explorar, descrevo as linhas de força desse seu projeto cinematográfico pós-condenação, analisando como os filmes confrontam, negociam e transgridem as condições restritivas da interdição.

Palavas-Chave: Cinema iraniano; Censura; Autoinscrição; Confinamento

Discente: DIEGO BENEVIDES NOGUEIRA

Orientador: MARCELO DÍDIMO SOUZA VIEIRA

Local: Sala de Audiovisual A – CH2 – Campus do Benfica

Data: 07/02/2020 14h

Título: A TRILOGIA DA MORTE DE PETRUS CARIRY: NARRATIVAS DA DOR, PERDA E LUTO FAMILIAR NO CINEMA

Resumo: A morte geralmente é vista como um triste fim que nos lança ao desconhecido e interrompe os vínculos afetivos estabelecidos com o outro (KOVÁCS, 1991; 1992). O medo (DELUMEAU, 1989) desempenha um papel fundamental nessa relação com as perdas, seja de forma individual ou coletiva. A formas de encarar a morte no Ocidente (ARIÈS, 2003; 2014) variaram no decorrer da história, indo de uma conformidade natural com o fim da vida até o silenciamento das dores e do luto (FREUD, 1915; KÜBLER-ROSS, 1996; 2008; BOWLBY, 2004). Este trabalho pretende pensar a morte na família como uma questão do presente, tendo as representações feitas nas narrativas cinematográficas (GAUDREAULT E JOST, 2009; AUMONT E MARIE, 2012) como formas de olhar para o tema na contemporaneidade ao criar necroimagens que revelam as atitudes diante da morte no cinema. A morte guia os nossos impulsos criativos e destrutivos (DOUGHTY, 2016; 2019) e as narrativas da dor no cinema, ou seja, essas histórias centradas no luto dos personagens, podem espelhar tanto a atitude interdita proposta por Ariès, em que o sofrimento e a solidão prevalecem diante das partidas, como também podem romper com essa interdição, ao se tornarem objetos de análise para pensar a cultura da morte hoje no Ocidente. Diante disso, a pesquisa tem como corpus principal a Trilogia da Morte, do cineasta cearense Petrus Cariry, composta pelos filmes O Grão (2007), Mãe e Filha (2011) e Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois (2015). As três obras discutem a morte no interior nordestino, longe do tumulto, da tecnologia e da pressa, onde os conflitos pessoais são acentuados pelo cenário de isolamento e pelas particularidades da estrutura familiar dos personagens enlutados.

Palavas-Chave: Narrativas da dor. Perdas familiares. Morte no cinema. Necroimagens. Petrus Cariry.

Discente: DANIEL PAIVA DE MACÊDO JÚNIOR

Orientador: MÁRCIA VIDAL NUNES

Local: Sala de Videoconferência do Centro de Ciências Agrárias – Campus do Pici

Data: 12/02/2020 14h

Título: “DAS RUAS ÀS REDES: Disputa de narrativas e de memória sobre as ocupações universitárias de 2016 no ceará em tempos de mediação algorítmica”

Resumo: As ocupações universitárias ocorridas em 2016, no Brasil, inscrevem-se na história como o maior expoente – até então – de resistência civil e tomada dos espaços públicos frente à plataforma política de redução orçamentária para Educação, Saúde e investimentos sociais apresentada pela Presidência da República naquele ano. Se ações como estas são evocadas na intenção de pressionar visibilidade da pauta política, como propunha Marcuse (1999), constituem-se, portanto, em intervenção margeada e orientada em processos comunicacionais. Com atenção às experiências cearenses e entendendo que páginas de Facebook foram os principais canais para desenvolvimento das táticas de comunicação pública, esta pesquisa analisa, por um lado, as dinâmicas de construção de sentidos e de versão sobre ocorridos nas ocupações à luz das observações em Análise do Conteúdo, segundo orientações de Bardin (2011) em face ao contexto de disputa de narrativas e produção de memória social; por outro, com olhar amplo sobre contextos sociotécnicos, as alterações na plataforma e as engenharias de poderes que convencionam a vivência virtual, identificamos e discutimos as redes sociais resultantes da interação na plataforma, considerando os propostos por Recuero et al (2015) e a performance das páginas nesta ambiência.

Palavas-Chave: Memória Social; Mediação algorítmica; Facebook; Ocupações Universitárias.

Discente: WILLIAM DA SILVA SANTOS

Orientador: MÁRCIA VIDAL NUNES

Local: Sala de Audiovisual A – CH2 – Campus do Benfica

Data:14/02/2020 14h

Título: MÍDIA NINJA #AOVIVO: IMPLICAÇÕES DO USO DO LIVE STREAMING NA NARRATIVA DA PRISÃO DE LULA

Resumo: Esta pesquisa propõe um estudo sobre a cobertura jornalística da prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva empreendida pelo coletivo Mídia Ninja por meio de transmissões em vídeo, ao vivo, no Facebook. O objetivo central é compreender implicações do uso do live streaming na construção de narrativas veiculadas em tempo real no âmbito da mídia alternativa, notadamente a partir do caso Mídia Ninja, além de identificar estratégias de definição de identidades e valores (Becker, 2012) na cobertura supracitada. A partir da coleta de 44 lives realizadas pela Mídia Ninja – e de uma decupagem parcial de todas elas –, a análise se volta a 12 transmissões realizadas entre o dia 3 de abril de 2018, véspera do julgamento de um pedido de habeas corpus ajuizado pela defesa do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido condenado à prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e o dia 8 de abril de 2018, um dia após Lula ter se entregado à Polícia. A pesquisa tem caráter qualitativo, e, do ponto de vista metodológico, ampara-se na análise televisual convergente (Becker, 2019). Constatamos que as transmissões ao vivo ocupam lugar relevante como estratégia comunicativa da Mídia Ninja, para fazer a defesa da inocência de Lula diante de narrativas em disputa no debate público e que, apesar da estética imersiva quase sem cortes, apoiada no imediatismo, e da dimensão de participação presente nos vídeos, o processo de edição no uso do live streaming é evidente.

Palavas-Chave: Live streaming; Mídia Ninja; Mídia alternativa; Narrativas jornalísticas; Lula.

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